Pesquisa mostra que beber chá ajuda a ter uma maior conectividade funcional e estrutural no cérebro
O chá é uma das bebidas mais populares do mundo. Existem muitas variedades, desde os mais estimulantes até as opções mais calmantes. Mas, fora o sabor e os efeitos que as substâncias presentes nos chás podem provocar no organismo, os pesquisadores encontraram mais um benefício dessa bebida milenar: o bem que faz ao cérebro.
Um estudo, publicado na revista Aging, apontou que as pessoas que bebem chá regularmente podem ter uma melhor estrutura cerebral, se comparado aos que não bebem chá.
Como o estudo foi conduzido
Os pesquisadores selecionaram participantes acima de 60 anos, saudáveis, que foram divididos em dois grupos: um que tem o hábito de beber chá diariamente e o outro que não bebe chá. Em cada um deles foram investigadas as redes funcionais e estruturais, com o intuito de descobrir qual o papel do consumo de chá na organização do cérebro. Para isso, eles foram submetidos a exames de ressonância magnética e outros testes. O estudo foi realizado de 2015 a 2018.
Ao analisar o desempenho cognitivo e os resultados dos exames de imagem dos participantes, a equipe descobriu que os indivíduos que consumiam chá verde, chá oolong (que é um chá tradicional na China) ou chá preto, pelo menos quatro vezes por semana durante cerca de 25 anos, tinham as regiões cerebrais interconectadas de maneira mais eficiente.
Como o desempenho cognitivo e a organização cerebral estão intimamente relacionados, ainda são necessárias mais pesquisas para compreender melhor sobre algumas funções (como a memória, por exemplo) que emergem dos circuitos cerebrais e as possíveis intervenções para preservar melhor a cognição durante o processo de envelhecimento.
Estudos anteriores já demonstraram que a ingestão de chá é benéfica para a saúde humana e, dentre os efeitos positivos, incluem melhora do humor e prevenção de doenças cardiovasculares. Um estudo publicado em 2017 já havia revelado que o consumo diário de chá pode reduzir em 50% o risco de declínio cognitivo em idosos.
