O mercado de beleza tem testemunhado uma crescente oferta de produtos que prometem ser sustentáveis e naturais. No entanto, o conceito de greenwashing revela que nem todos os produtos se encaixam nesse ideal. Por trás de rótulos atraentes e promessas de pureza, muitas marcas estão utilizando ingredientes prejudiciais, comprometendo tanto a saúde do consumidor quanto a do planeta.
De acordo com Thiago Martins, biomédico e mestre em medicina estética, a leitura correta dos rótulos é fundamental para evitar a armadilha do greenwashing. “É crucial entender quais são os ingredientes presentes nas fórmulas para identificar se um produto é verdadeiramente sustentável”, destaca.
Ele destaca alguns componentes comuns que podem ser enganosos nos rótulos:
- Sulfato: presente em muitos produtos como lauril sulfato de sódio e lauril éter sulfato de sódio, pode causar ressecamento e irritação na pele.
- Parabenos: também conhecidos como paraben ou butilparabeno, podem desencadear alergias e alterações hormonais.
- Ftalatos: geralmente listados como phthalate, DEP, DBP, DEHP e fragrance, são disruptores endócrinos.
- Petrolatos: identificados como “petrolatum”, são derivados do petróleo e não são renováveis, podendo obstruir os poros da pele.
- Fragrâncias sintéticas: apresentadas como “parfum” nos rótulos, podem provocar reações alérgicas.
- Silicones: com terminações como cone, siloxane e conol, formam uma camada superficial nos fios, dificultando a absorção de nutrientes.
Thiago Martins também destaca o movimento clean beauty, que prioriza a saúde e o meio ambiente, assim como os produtos cruelty-free, que não são testados em animais, os veganos, que não contêm ingredientes de origem animal, os orgânicos, que são livres de químicos e respeitam o ciclo natural da matéria-prima, e os naturais, que possuem pelo menos 95% de matérias-primas e não contêm os ingredientes mencionados, além de outros, como triclosan, mercúrio, hidroquinona, PEGs, Imidazolidiny Urea, Diazolidiny Urea, BHA e BHT.
Com informações do Estado de Minas.