Dafiti Introduz EMIGÊ – Moda circular e inicia venda de roupas usadas

A Dafiti, um varejista de moda online, revelou a nova seção EMIGÊ – Moda Circular, uma loja que oferece itens usados em boas condições a preços mais acessíveis em comparação com os produtos novos. Com essa iniciativa, o e-commerce visa promover o consumo consciente.

“Em 2022, demos início à nossa estratégia de sustentabilidade 2030 e começamos a buscar por um parceiro para nos acompanhar na jornada da moda circular. Nosso objetivo era encontrar uma marca que, junto com a Dafiti, pudesse destacar a importância de prolongar a vida útil das peças e promover um consumo mais consciente. Foi assim que nos conectamos com a EMIGÊ”, disse Cristiano Medeiros, gerente de Sustentabilidade da Dafiti.

Para Medeiros, a chegada da EMIGÊ – Moda Circular à plataforma da Dafiti representa uma oportunidade para que mais pessoas se familiarizem com o conceito da moda circular. Pela primeira vez em um marketplace, a EMIGÊ oferece produtos de várias marcas nacionais e internacionais, como Banana Republic e Le Lis Blanc, com um estoque que muda constantemente de acordo com a rotatividade das vendas.

“Esse projeto nos ajuda a transformar nossa cadeia de suprimentos, reduzindo a extração de recursos e, assim, diminuindo o desperdício e os impactos ambientais. A EMIGÊ é uma empresa jovem, com um DNA sustentável e alinhada aos compromissos da Dafiti. Trazer essa marca para o nosso portfólio é uma maneira de impactar de forma positiva todo o ecossistema da moda, incentivando a reutilização e ampliando as opções de roupas e acessórios para novos consumidores”, afirmou.

Para Diego Mazon, CEO e fundador da marca EMIGÊ, parcerias como essa destacam a importância da moda circular. “Estamos proporcionando aos clientes uma oportunidade única de adquirir peças exclusivas a preços acessíveis, com qualidade e estilo, ao mesmo tempo em que contribuem ativamente para a redução do desperdício têxtil e a preservação de nossos preciosos recursos naturais. Acreditamos que o futuro da moda é circular.”

De acordo com Maria Gedeon, fundadora e responsável pelo produto, cada peça vendida pela Dafiti contribui para o aumento do ciclo de vida do produto e a redução de 80% do impacto ambiental gerado durante a produção. “Nos últimos dois anos, por meio de nosso modelo de negócios, economizamos cerca de 120 milhões de litros de água, evitamos a emissão de aproximadamente 300 toneladas de CO2 na atmosfera e doamos mais de 25.000 peças de roupas para a ONG Lalec, que auxilia crianças em situação de vulnerabilidade. Acreditamos que, com a parceria com a Dafiti, nosso impacto será ainda maior.”

Iniciativas de sustentabilidade na Dafiti

A Dafiti afirma ter vários projetos ligados à sustentabilidade. No final de julho, a empresa lançou o Dafiti Circula, um programa que disponibiliza pontos de coleta pela cidade de São Paulo, onde os consumidores podem destinar roupas que não usam mais.

Desde 2021, a empresa também oferece o Dafiti Eco, um catálogo de produtos com atributos sustentáveis que inclui grandes marcas como Adidas, GAP e Hering, que cumprem pelo menos um dos critérios de sustentabilidade. “Em 2022, reduzimos em 33% as emissões totais de carbono em comparação com 2021. Além disso, 80% de nossas embalagens são sustentáveis e, no que diz respeito aos resíduos, obtivemos a Certificação Lixo Zero, garantindo que nenhum resíduo gerado pelo Centro de Distribuição seja destinado a aterros sanitários”, afirmou Cristiano.

Circularidade nas varejistas de moda no Brasil

A preocupação com a circularidade vem ganhando espaço no varejo de moda no Brasil. Na Renner, por exemplo, um programa de logística reversa para embalagens e frascos de perfumaria e cosméticos foi iniciado em 2011, e em 2017 para roupas. Em 2022, foram coletadas 11,5 toneladas de peças de vestuário. Além disso, a empresa adquiriu a plataforma Repassa em 2021, na qual os clientes podem enviar suas roupas para serem exibidas e vendidas em um brechó online.

Na C&A, o Movimento Reciclo promove a coleta de peças de qualquer marca na maioria das lojas. Ao depositar uma peça nas urnas verdes do programa, três destinos possíveis são oferecidos: doação para ONGs e ações humanitárias, reciclagem quando a peça não é adequada para doação, como no caso de roupas íntimas, e fabricação de novas peças a partir do uso de fios reciclados. Essa iniciativa possibilitou o lançamento da linha Ciclos, composta por peças novas feitas com fios reciclados.

A Malwee, por sua vez, utiliza 85% de fios provenientes de roupas usadas e 15% de fibra PET (obtida a partir de garrafas PET) no moletom Des.a.fio. Esta é a segunda edição do moletom da marca, mas com uma maior ênfase na circularidade, já que o modelo anterior, de 2022, continha 70% de roupas usadas e 30% de fibras complementares.

Assim, a adoção de práticas circulares na indústria da moda continua através de inúmeros pequenos brechós físicos em todo o Brasil, iniciativas individuais online e parcerias como a da Dafiti com a EMIGÊ. Tais ações são essenciais para mitigar os efeitos adversos das mudanças climáticas, especialmente considerando que a indústria da moda é a segunda mais poluente do mundo, ficando atrás apenas da indústria petrolífera. De acordo com a Global Fashion Agenda, mais de 92 milhões de toneladas de resíduos têxteis foram descartados nos últimos anos.

Com informações da Exame.

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