A indústria de cosméticos capilares cada vez mais avança no desenvolvimento de novas soluções para o seu mercado. São inúmeras variações de shampoo, por exemplo, que exercem as mais diversas ações para tratamento do cabelo, inclusive, para os mais diversos tipos de fios.
Ainda que cada modelo seja desenvolvido de forma específica, a composição da grande maioria de shampoos conta com a mesma estrutura química (composta por veículo, agente de limpeza, agentes condicionadores, estabilizador de espuma, espessantes e aditivos). E este simples fato significa dizer, em outras palavras, que a grande maioria deles gera um considerável impacto no meio ambiente.
Componentes não (necessariamente) danosos
Considerando a estrutura química base para produção de shampoo, o chamado “veículo” (nome dado àquele que carrega todos os outros componentes) refere-se a água – que inclusive deve ter um alto grau de qualidade. A água, usada como veículo, não gera impacto no meio ambiente. Em alguns casos, inclusive, impede que a concentração de certas substâncias gere efeitos mais prejudiciais ao meio ambiente.
Já no caso dos agentes condicionantes, um dos principais existentes na composição de shampoo, é o álcool de lanolina. Este, por sua vez, é oriundo do beneficiamento de lã (através de um processo de refinação da cera de lã) e diz-se que se trata de uma ação ecologicamente correta por não causar danos aos animais e evitar que o produto seja enviado aos emissários.
Componentes prejudiciais ao meio ambiente
Por outro lado, os componentes que se apresentam como ameaça real ao meio ambiente, são diversos.
Começando pelo principal componente, os agentes de limpeza são também conhecidos como tensoativos, sendo responsáveis pela remoção de impurezas do fio e do couro capilar. A grande questão, é que os mesmos são responsáveis pela produção de espuma e, no geral, são formados por substâncias com potencial cancerígena. Um exemplo, pode ser o shampoo com função anticaspa, onde é usado a substância piridintionato de zinco (sendo que o zinco, em grande concentração, é capaz de causar um enorme impacto ambiente, por comprometer a qualidade da água de rios e lagos).
No caso do estabilizador de espuma, que é sim valorizado por diminuir o volume formado pelos agentes de limpeza, acaba se concentrando em grande quantidade no sistema de esgoto e posteriormente dão origem às conhecidas camadas de espuma branca (altamente poluentes) na superfície de rios e lagos.
Ainda nessa lista, estão os espessantes, que são usados na fórmula do shampoo para encorpar a solução. A grande questão aqui, não está necessariamente ligada ao meio ambiente, mas sim ao fato de que a dietanolamina – um dos mais comuns espessantes – é uma substância com potencial cancerígeno. Seguindo na mesma linha, a vitamina K é um componente que foi proibido pela ANVISA (ainda em 2010), pois identificou-se que a substância apresentava riscos à saúde humana, como irritação de pele e alergias.