Escolher o hidratante mais indicado para a pele do rosto não é uma tarefa tão simples. Mas com algumas dicas é possível encontrar o produto que mais se adequa ao seu tipo de pele
A hidratação facial é altamente benéfica, pois é capaz de impedir danos que podem culminar em um envelhecimento precoce da pele. Mas não adianta usar qualquer hidratante: ele precisa ser específico para seu tipo de pele e com os nutrientes que você precisa. “O ideal é sempre consultar um dermatologista que vai prescrever o produto correto, seja ele manipulado ou industrializado, de acordo com a necessidade de cada paciente, tendo em vista questões como tipo e problemas de pele, estação do ano e exposição ou não a agentes poluentes”, afirma a dermatologista Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia.
Se você não faz ideia de como encontrar o hidratante facial mais indicado para o seu tipo de pele, confira essas cinco dicas que vão ajudar muito!
1 – Identifique o seu tipo de pele
Para escolher seu hidratante facial, a primeira coisa que você deve se atentar é com o seu tipo de pele. “A pele seca é mais rara no Brasil, sendo mais frequente na região sul. É uma pele que tem deficiência em produzir gordura de boa qualidade, os famosos ômegas que, em conjunto com a água, formam uma membrana hidrolipídica, que reveste nosso tecido e proporciona uma aparência luminosa. Ela é mais áspera, sensível e, às vezes, mais avermelhada, além de apresentar tendências a ter rugas mais precoces”, diz a médica Claudia Marçal.
Já a pele oleosa, por sua vez, é bastante comum, e tem tendência a ter acne, então os poros são mais dilatados, com brilho em excesso e um aspecto mais congestionado. “É aquela pele em que o paciente sente que forma cravos com muita facilidade; brilha o tempo todo e normalmente está acompanhada do couro cabeludo oleoso também, e os cabelos oleosos. Nessa pele o paciente tem dificuldade de controlar o brilho, porque as glândulas produzem gordura com muita facilidade”, diz Claudia.
Já a pele mista é uma combinação dos dois tipos, com algumas áreas mais ressecadas e outras mais oleosas. “A pele mista tem a zona T mais oleosa (testa, nariz e queixo), porque é onde se apresentam as glândulas sebáceas. Em contrapartida, as extremidades são ressecadas”, explica a médica.
2 – Escolha um creme com a textura ideal
De acordo com a médica, para peles oleosas ou mistas o melhor é uma hidratação facial com séruns, que apresentam uma textura mais fluida e não deixam a pele “pesada” e com aspecto brilhante em excesso. O gel também pode ser usado, mas é importante que o produto tenha a versão oil-free. No caso de peles mais secas, os hidratantes devem contar com veículos um pouco mais ricos em lipídios e substâncias que tenham a capacidade de segurar a água nessa pele para ajudar a formar a membrana hidrolipídica, como os cremes. “Esses produtos devem ser enriquecidos, ou seja, as formulações devem ter uma textura mais voluptuosa, mais rica, que deixe sobre a pele um manto filmógeno, uma parede de defesa que consiga repor e segurar água para evitar a perda transepidérmica”, argumenta a dermatologista.
3 – Hidratante com protetor solar é uma boa escolha?
É possível optar por este produto, desde que ofereça proteção FPS de no mínimo 30 e PPD de no mínimo 10, ingredientes de proteção física (como o óxido de ferro ou dióxido de titânio) e proteção química. Mas, no geral, o protetor solar não deve ser substituído. O ideal é utilizá-lo junto à rotina de beleza, depois da hidratação e revitalização da pele e antes da aplicação da maquiagem. Produtos multifuncionais com FPS existem de duas formas: a primeira é um filtro solar com benefícios agregados, por exemplo, um filtro solar com FPS 30, PPD 10, base e ação antirrugas. Esse é um legítimo filtro solar, pois oferece proteção contra UVB e UVA.
Se o produto não apresentar o PPD, ou seja, a proteção UVA, ele não é considerado um filtro solar e não protege a pele dos danos UVA, que é o principal responsável pelo envelhecimento precoce (manchas e rugas). É importante proteger a pele dos raios UVA o ano todo, e não só no verão.
4 – Hidratar a pele aumenta a oleosidade?
Ao usar um hidratante correto para o tipo de pele, não existe o risco da pele ficar oleosa. “Por isso, é ideal consultar um dermatologista, que vai prescrever a fórmula ideal no veículo mais adequado ao tipo de pele, seja ele um creme, gel, sérum ou loção”, orienta a médica.
5 – Pele “iluminada” é uma pele saudável?
É preciso observar os detalhes, pois existe uma diferença entre luminosidade da pele e o aspecto congesto da pele oleosa. A médica explica que uma pele iluminada tem as seguintes características: é bem nutrida, hidratada, vascularizada, viçosa, com uma textura homogênea, elástica e com poros bem diminutos. Isso é diferente de uma pele oleosa, que traz um brilho excessivo formado por uma gordura natural de má qualidade, provocada pelo excesso de oleosidade.
Seguindo essas dicas, fica bem mais fácil acertar no hidratante facial mais indicado para cada tipo de pele!